Desde os tempos remotos as plantas são usadas para curar problemas de saúde. Saiba para quais casos o tratamento é indicado e suas vantagens e riscos

Quando você come uma bolacha recheada, mata a sede com um refrigerante ou resolve tomar aquele medicamento que é tiro e queda para dor de cabeça, dificilmente pensa na quantidade de substâncias químicas que esta consumindo. Corantes, conservantes, metais pesados e aromatizantes estão presentes em produtos industrializados e se comportam como uma verdadeira carga tóxica no organismo.

Por acreditarem que o uso recorrente de medicamentos faz mal ao organismo, algumas pessoas passaram a se tratar apenas com técnicas naturais, como é o caso da fitoterapia.

Os remédios tradicionais podem alterar a permeabilidade intestinal, impedir a absorção de alguns nutrientes e competir com outros, induzindo, assim, a deficiência nutricional.

Ao recorrer sempre a remédios, além prejudicar a eficiência deles, pode mascarar um problema de saúde mais sério.

Economia para o bolso

Reconhecida pela OMS, Organização Mundial da Saúde em 1978, a fitoterapia é uma das alternativas naturais para curar ou prevenir doenças usando plantas medicinais na forma de chás, tinturas, fluídos, pomadas, extratos secos, cápsulas, compressas e também xaropes.

Hoje, ela é parte integrante do sistema médico oficial de diversos países, como Índia, Alemanha e China.

Os medicamentos naturais não agridem o organismo e são muito baratos. Eles podem curar várias doenças, mas devem ser prescritos por profissionais, como médico, fitoterapeuta e nutricionista.

Quem é adepto da medicina natural aposta nos nutrientes e compostos bioativos de plantas e alimentos para tratar problemas de saúde. A fitoterapia é comumente utilizada no combate de doenças infecciosas, disfunções metabólicas, alergias e traumas diversos.

De olho na procedência

Portanto, nada de trocar seu remédio de asma por chás de folha de alecrim, por exemplo. Os medicamentos naturais demoram a fazer efeito, por isso não podem tratar casos urgentes. O uso depende da gravidade do problema de saúde e da resposta do paciente a ele, e isso só pode ser avaliado por um profissional.

Outro cuidado é consumir somente ervas conhecidas. Também é preciso ter cautela ao misturar devido as interações. Se em alguns casos o uso do fitoterápico não é suficiente, seu excesso também pode causar problemas.

Não se deve ultrapassar o consumo de um litro de chá por dia, e caso o tratamento seja por meio de cápsulas , tinturas ou xarope, deve-se tomar a dosagem indicada por um profissional. Do contrário, pode ocorrer intoxicação ou até hepatite medicamentosa.

5 tipos de preparação de medicamentos fitoterapêuticos

1. Chás

Decocção: este tipo de preparação é adotado para aquelas plantas que não perdem sua eficácia com o calor ou quando se utilizam partes de uma planta compactada e lenhosa, como, por exemplo, as raízes, a casca, os ramos, as sementes.

O cozimento permite retirar da planta todos os princípios ativos. Caules e raízes, antes de serem postos para cozinhar, devem ser esmagados ou raspados , cortados em pedaços, colocados em seguida para macerar em água fria por 12 horas.

A ebulição em fogo brando pode durar de poucos minutos a algumas horas, conforme a indicação, geralmente, a decocção é coada em um coador normal.

Infusão: é a preparação mais simples. O objetivo é obter uma bebida mais leve que a decocção, mas igualmente eficaz. Para a infusão são utilizadas aquelas plantas que o cozimento mais prolongado pode prejudicar o principio ativo da planta.

Folhas , flores, raízes ou outras partes da planta devem ser cortadas e esmiuçadas, colocando sobre elas, água fervente . O recipiente deve ser coberto permanecendo pelo menos quinze minutos. Para coar ou filtrar o líquido pode ser usado um coador normal ou uma peneira.

Algumas vezes, para se obter uma infusão, utiliza-se ao invés de água, vinho, vinagre ou álcool.

2. Cataplasmo

É o remédio empregado para curar as inflamações da pele, inchaços, contusões, feridas, chagas, ulcerações, dores reumáticas.

Para preparar o cataplasma, esmaga-se as ervas frescas e colocando essas ervas esmagadas sobre a parte que deve ser tratada.

3. Maceração

A maceração é um processo de extração utilizado na preparação de ervas medicinais, no qual as plantas são deixadas de molho em um líquido (como água, álcool ou óleo) por um período específico de tempo. Durante esse período, os compostos ativos presentes nas plantas são liberados no líquido, resultando em uma solução concentrada com propriedades terapêuticas.

4. Tintura

Uma tintura de ervas medicinais é uma forma concentrada de extrato líquido que é preparada através da maceração das plantas em álcool, vinagre ou glicerina. Esse processo permite a extração dos compostos ativos das ervas, resultando em uma solução potente com propriedades terapêuticas. As tinturas são valorizadas por sua conveniência, longa vida útil e facilidade de dosagem.

5. Vinho medicinal

O vinho medicinal é uma preparação tradicional que combina os benefícios terapêuticos das ervas com as propriedades do vinho. Essa prática remonta a tempos antigos e é valorizada em muitas culturas por seus potenciais efeitos medicinais e também pelo prazer gustativo que proporciona.

A preparação do vinho medicinal geralmente envolve a maceração de ervas em vinho por um período específico de tempo, permitindo que os compostos ativos das plantas sejam extraídos e misturados com o vinho. A escolha das ervas pode variar amplamente, dependendo das propriedades medicinais desejadas e das tradições locais.

6. Unguento

Um unguento é uma preparação tópica que consiste em uma base semissólida, geralmente uma mistura de gorduras, ceras e óleos, na qual substâncias medicinais são incorporadas para aplicação na pele. Os unguentos são utilizados para diversos fins, como alívio de dores musculares e articulares, tratamento de feridas e queimaduras, hidratação da pele e tratamento de condições dermatológicas.

7. Sucos de ervas medicinais

Suco de plantas medicinais é uma excelente maneira de aproveitar os benefícios terapêuticos das ervas de forma deliciosa e refrescante. Ao preparar sucos com plantas medicinais, você pode obter uma dose concentrada de vitaminas, minerais e compostos bioativos que ajudam a promover a saúde e o bem-estar.

Algumas sugestões de sucos de plantas medicinais: suco de aloé vera, suco de gengibre, suco de espinafre e salsinha, suco de hortelã.

A fitoterapia oferece uma abordagem natural e holística para a saúde, utilizando plantas medicinais para promover o equilíbrio e o bem-estar do corpo, da mente e do espírito. Quando praticada com cuidado e orientação adequada, pode ser uma ferramenta poderosa para melhorar a saúde e a qualidade de vida.

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